Se tem uma coisa que eu tenho “tara” na vida, é em assistir filmes de terror  desconhecidos de baixo orçamento…

Você pode dizer até que é pq eu gosto de me torturar… É… Pode ser… mas muitas vezes, apesar de encontrar bastante filmes ruins, tem cenas deles ou até roteiros, atores, direção fotográfica, enfim… Sempre tem algo que dá pra apreciar bastante.

Por causa disso, resolvi me aventurar em assistir “Escolha ou Morra”.

Saca só a premissa: Jovem adulta que tem problemas com a família e precisa de grana, se depara com uma espécie de jogo virtual que garante dar milhões caso supere todos os níveis.

Pow… O tipo de clichê que gostamos de ver.

Principalmente eu, que tenho Jogos Mortais como uma das minhas franquias de Terror prediletas.

Sei que esse tipo de filme de categoria mais baixa, normalmente (pelo menos pra mim) começa interessante e vai indo pro beleléu aos poucos… enfim… Não é o caso de “Escolha ou Morra”.

Tenho a impressão que o cara simplesmente teve uma ideia, contou pros amigos, a galera achou bacana e ele saiu desesperado pra fazer o roteiro em uma madrugada, arranjar uns atorezinhos desconhecidos que topassem entrar na dele e filmou tudo em, sei lá.. uns 3 ou 4 dias pra poder editar e lançar no dia anterior.

Cara, roteiro cheio de furos. Até tenta dar uma brincada com uma sub trama familiar da protagonista, mas simplesmente jogam tudo na lixeira. E resolvem apostar naquele clichezão de pessoa que se sente culpada pela morte de um ente querido… Aquele clichê que ninguém aguenta mais, sabe?! (E OLHA QUE EU AMO CLICHÊS). 

Atores que até parecem se esforcar mas precisam de algumas aulinhas ainda… sem carisma, sem química… sem profundidade emocional. Todas as cenas emotivas, não parecem vir de dentro, transformando tudo em algo totalmente superficial.

As mortes… ai ai… as mortes… Tudo bem que com tantas mortes malucas já criadas por mentes possivelmente perturbadas ao longo de todos esses anos (Craven, Mancini, ou até mesmo Romero que o digam), acaba ficando difícil criar formas inovadores de se matar personagens…

[PRÓXIMA FRASE PODE SER SPOILER, PULE PARA AS LETRAS PRETAS ABAIXO COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO]
mas sair fitinha de VHS infinito de dentro da goela de uma pessoa sem um contexto descente pra isso, é demais né?!
[ACABOU O POSSíVEL SPOILER]

…Mas, o simples, quando bem trabalhado, normalmente nos traz cenas que são verdadeiros presentes.
Era so bater a cabeça um tiquinho mais… que conseguiria nos mostrar mortes bem legais, podendo ser até bizarras, mas legais.

O filme não sabe exatamente o que quer… Não situa os personagens em um período temporal claro.. O jogo é de 8 bits, equipamentos que aparecem, computadores, televisões até vestimentas, são meio anos 90, porém os celulares são atuais, até com capacidade de compartilhar tela com aqueles desktops brancos amarelados dos anos 90 kkkk.

A gente começa o filme já com a pergunta de como que aquilo tudo virou tecnológico e termina o filme com essas e outras novas perguntas… por que simplesmente entrou misticismo no meio… símbolos macabros como códigos de programação… enfim… o samba do “boneco” doido!

Eu deveria assistir novamente para tentar entender melhor o filme?
Deveria.
Eu vou fazer isso?
Obviamente que não.

Não sendo totalmente hate… No final o filme até tenta trazer uma reviravolta que nos faz querer saber o que vai acontecer, mas é tanto furo de roteiro que nem isso consegue salvar.

Bem, esse é um filme que eu não indico. Você pode até gostar… Paciência… Gosto é que nem c*… nariz, todo mundo tem o seu… Mas escutar da minha boca (ou ler dos meus dedos) que vc deveria assistir pra tirar suas próprias conclusões, sorry honey, isso não vai acontecer!

NÃO ASSISTEEEE!!!!

Que fique claro que a nota que eu vou dar é apenas pela premissa que eu gosto bastante e por que, no fundo, dá pra ver uma vontade do cara de fazer algo legal no gênero terror… Só que, infelizmente, foi miseravelmente mal executado.

Bom meus amores, por hoje é só… Ficamos por aqui… Beijos e queijos… FUUUUUUUUUUUIII!!!

Plataforma: Netflix