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Razões para ver o filme "A Cor Púrpura"

Por Vanessa

Em 26 de março de 1986 estreava uma obra de arte chamada “A Cor Púrpura”, com direção de Steven Spielberg, trazendo um elenco de peso: Danny Glover, Whoopi Goldberg, Rae Dawn Chong, Margaret Avery e Oprah Winfrey.

O filme é baseado no livro de Alice Walker, escritora negra e ativista feminista nascida na georgia em fevereiro de 1944, num tempo e espaço marcados pela opreção de genero e racial.

Esse conto épico se passa em uma cidade pequena da Georgia no ano de 1909, onde a protagonista Celie (Whoopi Goldberg), é uma jovem de apenas 14 anos que foi violentada pelo pai e se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie é imediatamente separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a “Mister” (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira.

Grande parte da brutalidade de Mister provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (Margaret Avery), uma sensual cantora de blues.

Celie fica muito solitária começa a expressar sua tristeza em cartas (uma válvula de escape, visto que ninguém a escuta). As cartas são direcionadas primeiramente à Deus e depois à sua irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África.

Celie ainda mantém o sonho de reencontrar sua querida irmã.

 

A Cor Púrpura não tem uma história bonita. Trata-se de sacríficios, tragédias e tortura. É uma história pesada, uma realidade ainda vivida no presente infelizmente. O filme aborda temas como racismo, violência doméstica, depressão, opressão.

 

“Olha só pra você. É negra, é pobre, é feia, é mulher. Você não é nada!’’

 

Mas de contrapartida nos deparamos com uma personagem forte, perseverante, terna e que nos ensina uma lição de resiliência.

O filme não é um manifesto racial ou feminista mas é um forte discurso sobre raça e gênero, ao mostrar o poder devastador da opressão sobre a vida de seres humanos comuns.

A Cor Púrpura concorreu em 11 categorias e não levou nenhuma estatueta ­‑ uma injustiça. Apesar de um ser um filme antigo (assim como seu livro), nunca esteve tão atual: trata-se de uma voz que quer ser ouvida.

“A maneira mais comum das pessoas desistirem do seu poder é acharem que não possuem poder nenhum”.

~ Alice Walker.

 

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